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quarta-feira, 7 de março de 2012

AUSTRÁLIA FICA MAIS PRÓXIMA DE CRIAR MERCADO DE CARBONO

A primeira-ministra Julia Gillard em votação interna do Partido Trabalhista e anúncio sobre a distribuição de 94,5% dos créditos de forma gratuita aumentaram a possibilidade de o mercado virar realidade em 2015

 

A Austrália vem sendo palco de acalorados debates sobre medidas para limitar as emissões de gases do efeito estufa há anos e é observada com atenção por outras nações e analistas que enxergam o país como uma espécie de laboratório de como as negociações entre o governo, empresas e sociedade sobre o tema evoluem.

 

Nesta terça-feira (28) dois acontecimentos resultaram no que pode ser considerado o salto mais concreto até agora em direção ao estabelecimento do prometido mercado de carbono australiano em 2015.

 

O primeiro deles foi a vitória da atual primeira-ministra Julia Gillard em uma disputa interna pela liderança do Partido Trabalhista. Com o resultado, ela garante que continuará a ocupar o cargo máximo da política australiana.

 

Gillard venceu o ex-primeiro-ministro Kevin Rudd por 71 votos a 31, e assim, com ampla folga, demonstrou que conta com o apoio do partido para seguir com suas ideias para a Austrália, incluindo a criação do mercado de carbono.

 

Logo após a vitória, Gillard anunciou como funcionará a distribuição de créditos gratuitos de carbono para 36 setores industriais, como a mineração e siderurgia.

 

De acordo com a proposta, 94,5% dos créditos serão distribuídos gratuitamente já a partir de julho, quando começará a cobrança da chamada “taxa de carbono” no valor de A$ 23 (R$ 41,79) a tonelada. O número de créditos gratuitos diminuirá em 1,3% ao ano.

“Se as empresas reduzirem suas emissões, que é o objetivo dos nossos planos, o preço do carbono será ainda menor e pode, inclusive, tornar o mercado lucrativo para as companhias mais limpas”, explicou Greg Combet, ministro de Mudanças Climáticas e Indústria da Austrália, que acrescentou que os créditos distribuídos gratuitamente fazem com que o preço real da taxa seja de apenas A$ 1,30 a tonelada.

A alocação das permissões gratuitas será baseada nas emissões históricas de cada atividade, com os setores exportadores sendo os maiores privilegiados para que não percam competitividade no mercado internacional.

 

A lista das empresas que terão que pagar o preço total da taxa será apresentada em abril.

 

Gillard defendeu a medida, afirmando que é a mais adequada para atingir o objetivo de incentivar cadeias de produção mais limpas e eficientes.

“Estou absolutamente convencida de que a legislação proposta é a ideal e que o preço inicial de A$ 23 é justo. Mas queremos manter a competitividade de nossa indústria e seguir criando empregos, por isso algumas medidas atenuadoras serão postas em prática”, afirmou.

A taxa de carbono será cobrada dos 500 maiores emissores do país e a intenção é que em três anos ela deixe de existir e um sistema de comércio de emissões entre em vigor.

 

Segundo o projeto, a taxa vai aumentar 2,5% por ano antes de se transformar em um preço flutuante sujeito às necessidades do mercado, sendo que o governo controlará a quantidade de permissões, assim como um valor mínimo e máximo para elas. Espera-se que no futuro a plataforma australiana seja interligada com a da Nova Zelândia e da Europa

 

 

 

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