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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

REDES DE ONGS FAZEM BALANÇO E PREPARAM OFENSIVA PARA RIO+20

Lideranças do movimento socioambientalista brasileiro se reúnem em Porto Alegre para iniciar um balanço dessas duas décadas de atuação das principais redes de ONGs no país. Houve consensos, como a análise de que o trabalho é prejudicado pela falta de recursos financeiros. Outro problema é a desarticulação política, provocada por questões como a não renovação da militância ambientalista ou a banalização do discurso verde.

 

Porto Alegre – Há 20 anos, um encontro no Rio de Janeiro colocou frente a frente - em alguns casos, pela primeira vez - militantes de organizações ambientalistas de todos os cantos do Brasil. Atendendo ao chamado para participar e tentar influenciar a Cúpula da Terra, evento da ONU que entrou para a história como Rio-92, essas organizações compartilharam experiências e conhecimentos e iniciaram alianças que contribuíram para os vários anos de efervescência que se seguiram, na política ambiental brasileira. Na Rio-92, foram criadas ou consolidadas importantes redes de atuação por bioma, como a Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA), o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e a Rede de ONGs do Cerrado, entre outras, além do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais pelo Meio Ambiente (FBOMS).

 

No Fórum Social Temático 2012, que acontece em Porto Alegre, diversas lideranças do movimento socioambientalista brasileiro se reuniram na quarta-feira (25) para iniciar um balanço dessas duas décadas de atuação das principais redes de ONGs no país. Alguns pontos de vista foram consensuais, como a análise de que a falta de recursos financeiros prejudica a atuação das redes e das organizações - a maioria delas, pequenas - que as compõem. Outro problema é a desarticulação política, provocada em parte por questões como a não renovação da militância ambientalista ou a banalização (no mau sentido) do discurso verde entre a juventude e a sociedade em geral.

 

Outro consenso foi a percepção de que a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que acontecerá em junho no Rio de Janeiro, será um momento de retomada do vigor das lutas ambientais no Brasil. Por isso, foi decidido que as principais redes - que voltarão a se reunir no FST, desta vez em painel público, na quinta-feira (27) - organizarão seminários regionais de base em todo o Brasil, até o início de abril. O objetivo é chegar a um acúmulo político e organizacional suficiente para uma intervenção forte e unificada das redes durante a Cúpula dos Povos e a Rio+20.

 

"A ideia é que, a partir das experiências que essas redes consolidaram nos últimos dez, quinze ou vinte anos na busca da convivência dos seres humanos com seus territórios, a gente consiga articular um conjunto de demandas e posições tanto na Cúpula dos Povos quanto no evento oficial", afirma Rubens Born, integrante da coordenação do FBOMS e da direção da ONG Vitae Civilis.

 

Integrante da coordenação da RMA e do Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá), Renato Cunha diz que os principais desafios para as organizações que militam pela Mata Atlântica são a melhoria da gestão e a criação de novas Unidades de Conservação: "Há algum tempo, a criação de uma série de novas UCs em diversos Estados do bioma está sendo proposta ao Ministério do Meio Ambiente, mas a resposta do ministério, assim como dos governos estaduais, está sendo fraquíssima".

 

"Saldo negativo"

 

Cunha ressalta que o governo de Dilma Rousseff, passado um ano, "está com saldo negativo" no que concerne às Unidades de Conservação: "O atual governo não criou sequer uma UC, mas `descriou' uma", diz. O ambientalista também critica a qualidade da fiscalização na Mata Atlântica: "A coisa ficou complicada com essa lei, aprovada no Senado, sobre a regulamentação do artigo 23 da Constituição. O Ibama perde o seu potencial de fiscalização", lamenta.

 

Dirigente da Rede Cerrado, Renato Araújo afirma que, além de ser hoje o bioma brasileiro que mais sofre pressão, o Cerrado enfrenta como principal problema a viabilização do acesso das populações locais ao território: "Isso acontece tanto no que diz respeito à reforma agrária, pois o território é muito grande e existem muitos agricultores sem terra, quanto no que diz respeito às terras indígenas que vivem sob constante pressão", diz. Um desafio apontado por Araújo é adotar no Cerrado a estratégia de "conservação pelo uso", com o objetivo de dar viabilidade econômica aos produtos oriundos da enorme biodiversidade do bioma e que ainda não têm mercado consolidado.

 

Integração

 

Criada há doze anos, a rede de ONGs Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) tem uma base composta por cerca de três mil organizações nos estados da Região Nordeste e em Minas Gerais. Coordenadora da rede, Marilene Souza, mais conhecida como Leninha, lembrou as bem sucedidas experiências de aproveitamento de água da chuva feitas na região para defender que ações concretas como esta sejam compartilhadas pelas redes até a Rio+20: "Temos que pensar o desenvolvimento a partir das populações locais", diz.

 

Rubens Born fala sobre as expectativas do movimento: "Enquanto redes temáticas, nós conseguimos vitórias expressivas, mas nossa reunião aqui em Porto Alegre pretende mostrar que somente essas redes não vão fazer a diferença no futuro, se nós não conseguirmos superar nossa fragmentação. Cada peça é importante, mas precisamos ver como elas se integram melhor para o bem-estar da sustentabilidade nacional", disse.

Fonte: Carta Maior - http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=19452

ENERGIA SOLAR VIRA PESADELO ALEMÃO

"Para evitar apagões, a Alemanha teve de importar temporariamente eletricidade gerada em usinas nucleares na França e na República Checa e até colocou em operação uma velha usina movida a petróleo na cidade austríaca de Graz."

 

O Estado de S.Paulo - Depois de torrar 100 bi em subsídios, país conclui que a energia solar é a mais ineficiente de todas as fontes renováveis e tenta reduzir o prejuíz

Na versão em inglês da revista alemã:
http://www.spiegel.de/international/germany/0,1518,809439,00.html

 

O jornal O Estado de São Paulo reproduziu no caderno Planeta desta quarta-feira (25) texto publicado pela respeitada revista alemã Der Spiegel, sobre a utilização de energia solar na Alemanha. O jornalista Alexander Neubacher aponta os problemas energéticos enfrentados pelo país europeu, considerado "um dos países mais entusiastas na adoção desse tipo de energia renovável". Segundo o texto, o governo alemão estuda como irá tratar o setor nos próximos anos diante da ineficiência que esta fonte de energia elétrica tem demonstrado.

 

Considerada um dos principais símbolos da economia verde, o uso da energia solar mudou a paisagem da Alemanha – um dos países mais entusiastas na adoção desse tipo de energia renovável. Só falta uma coisa nos 1,1 milhão de painéis solares espalhados pelos campos e telhados de residências de norte a sul do país: luz solar. Faz semanas que o sistema gera pouca ou nenhuma eletricidade. Como é comum no inverno, os dias são curtos, o tempo está ruim e o céu, encoberto.

Para evitar apagões, a Alemanha teve de importar temporariamente eletricidade gerada em usinas nucleares na França e na República Checa e até colocou em operação uma velha usina movida a petróleo na cidade austríaca de Graz.

Nas próximas semanas, o governo alemão pretende decidir como tratará a energia solar no futuro. A chanceler Angela Merkel sempre apregoou as "oportunidades de exportação", desenvolvimento, tecnologia e empregos do setor. Agora, porém, membros de seu próprio staff o estão chamando de poço sem fundo de dinheiro.

As operadores de usinas solares e proprietários de casas com painéis solares nos telhados consumiram mais de € 8 bilhões (US$10,2 bilhões) em subsídios em 2011, mas a eletricidade que geraram constituiu apenas 3% do suprimento total de energia. E os consumidores já se queixam de ter de pagar o segundo preço mais alto de eletricidade da Europa.

Pela Lei da Energia Renovável da Alemanha, cada novo sistema que se conecta à rede se qualifica a 20 anos de subsídios. Cálculos do Instituto de Pesquisas Econômicas da Renânia do Norte Westfália (RWI) indicam que os sistemas incorporados à rede em 2011 custarão aos consumidores de eletricidade cerca de €18 bilhões em subsídios nos próximos 20 anos.

"Somando todos os subsídios concedidos até agora, já superamos o nível de € 100 bilhões", diz Manuel Frondel, do RWI. Para uma família média, isso significaria uma despesa adicional de cerca de € 200 anuais, além do custo real da eletricidade.

Erro. A energia solar tem o potencial de se tornar o erro mais caro da política ambiental alemã. Ela é de longe a mais ineficiente entre todas as fontes de energia renovável, apesar de receber os maiores subsídios.

Lobistas da energia solar gostam de ofuscar o público com números sugestivos sobre a capacidade do setor. Por exemplo, eles dizem que todos os sistemas instalados juntos poderiam gerar uma produção nominal de mais de 20 gigawatts, ou duas vezes mais energia que a que está sendo produzida atualmente pelas usinas nucleares alemãs ainda em operação.

Mas isso é pura teoria. Os sistemas de energia solar só podem operar no pico de sua capacidade quando otimamente expostos aos raios do sol (1.000 watts por metro quadrado), em um ângulo ótimo (48,2 graus) e com a temperatura de módulo solar ideal (25˚C) –em outras palavras, sob condições que dificilmente existem fora de um laboratório.

De fato, todos os sistemas de energia solar alemães reunidos produzem menos eletricidade do que a de duas usinas nucleares. E mesmo esse número está atenuado, porque a energia solar em um país quase sempre nublado como a Alemanha precisa ter o suporte de usinas elétricas de reserva. O resul-tado é uma estrutura duplicada, cara e basicamente desnecessária.

É o reverso da energia eólica. Pelo mesmo custo, o vento fornece no mínimo cinco vezes mais eletricidade que o sol, ao passo que as usinas hidroelétricas geram seis vezes mais energia. Mesmoas usinas de biomassa produzem três vezes mais energia do que a tecnologia solar.

Esse rendimento fraco em termos de produção de eletricidade faz com que, de quebra, a energia solar não colabore muito para a redução das emissões de dióxido de carbono, especialmente se comparada a outros possíveis programas a serem subsidiados. Para evitar a produção de uma tonelada de CO2, a Alemanha gasta € 5 para isolar o teto de um prédio velho, investe €20 numa nova usina elétrica movida a gás ou aplica € 500 num novo sistema de energia solar.

Os benefícios para o clima são os mesmos nos três casos. Para Hans-Werner Sinn, do Instituto de Pesquisa Econômica (Ifo), de Munique, a energia solar é um "desperdício de dinheiro às expensas da proteção climática".

Decadência. Em meio a tanto prejuízo, não surpreende a participação cada vez menor da Alemanha no campo da energia solar. Em 2004, o país abocanhava uma fatia de 69% do setor global de painéis solares. Em 2010, essa participação caiu para 20%. A antiga gigante do setor, Solar-world, está passando por dificuldades. Solon e Solar Milennium, outrora consideradas empresas modelo, encerraram suas atividades. As fabricantes alemãs do setor investiram no ano passado somente 2% a 3%das receitas em pesquisa e desenvolvimento, em comparação com uma média de 6% no setor automotivo e 30% no campo da biomedicina. Enquanto isso, os concorrentes chineses oferecem sistemas de qualidade equivalentes apreços muito menores.

Para estancar a sangria de euros, o governo pretende estabelecer um limite para os subsídios ao setor. Uma nova expansão ficaria limitada a 1.000 megawatts este ano, ou seja, 6.500 megawatts a menos do que em 2011. Outra proposta em estudo prevê eliminar da lei que contempla as energias renováveis a concessão de subsídios para o setor de energia solar. Assim, os provedores de energia devem ser obrigados a fornecer uma quota de eletricidade verde, mas não é especificado em detalhes o que eles deverão fazer para atender tal quota. Isso estimularia a concorrência para a oferta da melhor tecnologia.

 

A vantagem em relação ao atual sistema é nítida: o dinheiro não mais seria investido em locais onde os maiores subsídios são pagos, mas onde uma maior quantidade de eletricidade verde pode ser gerada. / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK e TEREZINHA MARTINO

 

http://www.intelog.com.br/site/default.asp?TroncoID=907492&SecaoID=508074&SubsecaoID=715052&Template=../artigosnoticias/user_exibir.asp&ID=207672&Titulo=Alemanha%20quer%20cortar%20mais%20r%E1pido%20incentivos%20%E0%20energia%20solar

ALEMANHA QUER CORTAR MAIS RÁPIDO INCENTIVOS À ENERGIA SOLAR
Comex - Mundo
BERLIM, 25 Jan (Reuters) - O ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Norbert Roettgen, quer apresentar reduções nos incentivos do país à energia solar dentro de três meses, até 1o de abril, à luz da forte expansão contínua no maior mercado do mundo.

Mas Roettgen disse que quer deixar sem mudanças o caminho para novas instalações fotovoltaicas com algo entre 2,5 gigawatts (GW) e 3,5 GW por ano, repelindo a demanda da coalizão de partidos Democracia Livre de limitar novas instalações em 1 GW por ano.

Roettgen, um aliado conservador da chanceler Angela Merkel, disse que se opunha a limitar as instalações na Alemanha em 1 GW por ano, como o ministro da Economia, Philipp Roesler, o líder da coalizão partidária, havia solicitado.

"Minha meta é mudar a lei, efetivamente, a partir de 1o de abril", disse Roettgen a jornalistas após uma reunião com membros democrata-cristãos do Parlamento para discutir uma rapidez nos cortes nas tarifas subsidiadas, vital para a indústria até que os preços da energia fotovoltaica caiam a níveis similares aos da produção de energia convencional.

"É importante que nós atuemos rápido", adicionou Roettgen. "Uma cobertura concreta poderia sufocar a indústria", disse ele, referindo-se ao setor em que mais de 100 mil empregos foram criados na década passada.

Roesler alertou ser contra se tentar cortar muito tão rápido. Ele disse que era importante que as mudanças sejam apoiadas pela Câmara Alta do Parlamento, onde o apoio dos partidos de oposição será necessária para que a medida passe rapidamente.

(Por Markus Wacket)

Por REUTERS

 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

pesquisa&inovação UM LABORATÓRIO COM MILHÕES DE COZINHAS

Adepta do conceito que prega o livre compartilhamento de ideias, a Whirlpool se firma como uma das empresas mais inovadoras do mundo (Revista AMANHA)

 

Máquinas de lavar roupa que dosam automaticamente o detergente líquido e o amaciante a cada lavagem.

 

Condicionadores de ar equipados com umidificadores que impedem a sensação de ressecamento do ambiente. Refrigeradores com fruteira acessível para estimular o usuário a consumir alimentos saudáveis. Essas são apenas algumas das inovações que a Whirlpool incorporou a seus produtos neste ano. Ainda que pareçam meramente incrementais, elas resultam de um processo de pesquisa e desenvolvimento que envolve todas as unidades da empresa no mundo. E aí está a grande vantagem da Whirlpool no setor de eletrodomésticos: a capacidade de articular globalmente um corpo de funcionários que conta com nada menos que 67 mil cabeças pensantes.

 

O Brasil não fica à margem desse processo. Aqui, a Whirlpool opera três fábricas e quatro centros de tecnologia e 22 bases de desenvolvimento de produtos – um claro sinal de que o país não é um simples receptor das tecnologias criadas lá fora. “Eles realizam pesquisas locais, cujos resultados são compartilhados com as demais unidades do mundo. Comparativamente às empresas nacionais, essa é uma grande vantagem”, constata Mauro Anderlini, sócio-diretor da consultoria Edusys e responsável técnico pela pesquisa Campeãs da Inovação de AMANHÃ – e da qual a Whirlpool é a grande campeã deste ano. Só em 2010, a companhia reivindicou o registro de 68 patentes no Brasil.

 

Essa articulação global garante uma vantagem complementar: a capacidade de customizar produtos – e, ao mesmo tempo, mantê-los na vanguarda tecológica do setor. “Nós temos uma estruturação, uma metodologia, disciplina e processos que ajudam a controlar a inovação e tirar o máximo proveito do que a gente desenvolve aqui”, relata Mário Fioretti, gerente geral de design e inovação da Whirlpool para América Latina. Tudo isso, é claro, atrelado a um orçamento generoso para projetos de pesquisa e desenvolvimento – que totaliza US$ 180 milhões por ano.

 

O resultado é visível para quem frequenta as lojas de departamentos e grandes redes de varejo. Só em 2010, a Whirlpool lançou 200 novos produtos – e obteve, com eles, um quarto de sua receita bruta total. “A inovação acaba tendo todo um impacto no desempenho da empresa”, avalia Anderlini. Não por acaso, há tempos que as duas marcas mais fortes da Whirlpool – Brastemp e Consul – são líderes de market share em seus respectivos segmentos. Sem contar a subsidiária Embraco, fabricante de compressores de refrigeração com sede em Joinville, em Santa Catarina, que é considerada um benchmark tecnológico do setor no mundo todo.

 

Brainstorm global

 

O da Whirlpool são seus próprios funcionários. Para conceber um novo produto ou desenvolver soluções específicas, a companhia realiza workshops que envolvem funcionários das mais diversas áreas. Juntos, eles passam por todas as etapas do processo inovador – inclusive pela mais básica delas: o brainstorm. “Há um processo de pensamento bastante robusto, que garante que nenhuma ideia seja desconsiderada”, garante Fioretti. O workshop realizado neste ano, diz ele,  gerou nada menos que 700 ideias. Ao longo de alguns meses de trabalho, elas passam por um longo processo de triagem e refinamento até que sobrem apenas duas. No final, a Whirlpool elege uma ideia campeã – aquela que tem potencial para ser colocada em prática e gerar os melhores resultados. Quanto às outras centenas de sugestões, elas não são completamente descartadas. Muitas são armazenadas em um centro de inteligência, onde passam por adaptações até estarem prontas para sair do papel.

 

Esse amplo processo criativo não fica restrito ao quadro de funcionários da Whirlpool. Adepta do conceito de open innovation, a companhia também envolve públicos externos na busca de novas soluções. Essa política se traduz em uma relação bastante próxima com a comunidade acadêmica – o que abre portas na hora de buscar crédito junto a instituições como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. “Apesar de trabalharem em um ritmo à parte, sem a pretensão de lançar novos produtos no mercado, as universidades acabam gerando valor para as empresas”, analisa Mauro Andelini.

 

Um dos frutos da parceria entre a Whirlpool e a comunidade acadêmica é o conceito Brastemp Liberty. Trata-se de uma “cozinha universal”, cujos eletrodomésticos podem ser utilizados com mais simplicidade – inclusive por portadores de deficiências físicas. Os protótipos da cozinha foram testados em conjunto com instituições de apoio a deficientes, como Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). Com a experiência, foi possível desenvolver uma cozinha experimental, que foi apresentada na CasaCor deste ano. A novidade permite, por exemplo, regular a altura da cozinha – de modo que qualquer pessoa possa utilizá-la. Detalhe: o projeto não deverá ser comercializado. “O objetivo desse trabalho era entender qual seria a aceitação e a usabilidade dos produtos. Queríamos conhecer mais esses consumidores”, explica Mário Fioretti. Em compensação, a experiência da Brastemp Liberty inspirou ideias que, aos poucos, estão sendo incorporadas aos demais produtos da Whirlpool.

 

Fioretti explica que a empresa aplica duas abordagens de pesquisa para desvendar as necessidades do consumidor: a socioeconômica e a atitudinal. A primeira é conhecida – diz respeito aos padrões de compra do público-alvo. Já a atitudinal identifica características particulares no estilo de vida diário do consumidor – buscando necessidades ainda não atendidas. “O fator psicológico, por exemplo, é superimportante para desenhar o produto. Os consumidores são cada vez mais exigentes quanto ao design, pois é algo que transmite a personalidade do proprietário do produto”, descreve Fioretti

 

 

 

INOVAÇÃO COM TOQUE FEMININO (revista AMANHA)

Prêmio Sebrae de Mulher de Negócios obtém número recorde de inscrições

 

 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Gestión Educativa: Instrumento de Cálculo del Costo por Alumno - INCCA - USAID-PERU-SUMA

 

Publicado el 23 enero 2012 por www.LimaNorte.com

 

La serie Herramientas para la Gestión tiene como objetivo facilitar a los responsables de gestionar la educación pública a nivel regional y local, conceptos básicos y pautas técnicas para gestionar procesos y lograr los resultados esperados de los programas y proyectos educativos bajo su responsabilidad.

El Instrumento de Cálculo del Costo por Alumno (INCCA) es una herramienta en Excel creada por el Proyecto USAID/PERU/SUMA para ser utilizada en el cálculo y análisis de costos por institución educativa, aula y alumno de un paquete básico de insumos requeridos para favorecer el aprendizaje en la educación primaria.

El paquete básico de insumos o ingredientes considera:

 

1) los rcursos humanos,

2) los materiales para el alumno, el aula, la escuela, los docentes y la gestión;

3) los equipos y mobiliario,

4) la infraestructura,

5) la gestión y servicios y

6) el bienestar estudiantil.

Visite: USAID PERU / SUMA - -11.958873 -77.073715

 

2) PROJOVEN: FORMACIÓN LABORAL PARA JÓVENES EMPRENDEDORES

Publicado el 22 enero 2012 por www.LimaNorte.com

PROJoven es un Programa de Capacitación Laboral Juvenil del Ministerio de Trabajo y Promoción del Empleo, tiene como objetivo facilitar el acceso de los jóvenes de 16 a 24 años de escasos recursos económicos al mercado laboral a ravés de la capacitación y entrenamiento en competencias laborales, contribuyendo a incrementar las tasas de inserción en el mercado laboral, la calidad de empleo y los niveles de ingreso de los jóvenes usuarios.

Los jóvenes beneficiarios de PROJoven pasan por dos fases: la primera relacionada con la formación en Instituciones Educativas, y la segunda con la primera experiencia laboral en Empresa; estos procesos se complementan con actividades para empoderar a los jóvenes con recursos y habilidades para búsqueda de empleo y desempeño laboral. Los requisitos para ser beneficiarios de PROJoven es querer aprender un oficio y no contar con recursos económicos para hacerlo y encontrarse en el rango de edad indicada.

A partir del presente año 2010 PROJoven es financiado exclusivamente por recursos del Estado a través del Ministerio de Trabajo y Promoción del Empleo; este nuevo desafío exige contar con nuevos instrumentos de gestión, para cuyo efecto se ha elaborado el Plan Estratégico Institucional, Manual de Operaciones, Guía de Procedimientos, entre otros.

CURSOS

La oferta formativa que brinda PROJOVEN concuerda a las necesidades del mercado laboral actual, siendo las de mayor prioridad los cursos de:

  • Confecciones textiles.
  • Operarios de producción.
  • Operatividad de m quinas industriales.
  • Instaladores de Gas.
  • Logística y almacenes.
  • Soldadura industrial
  • Mecánica y electricidad automotriz
  • Confección Textil
  • Industria Alimentaria
  • Instalaciones el‚ctricas y sanitarias
  • Construcción
  • Ventas; entre otros.

REQUISITOS PROJOVEN

  • Querer aprender un Oficio y no tener recursos económicos para hacerlo
  • Tener entre 16 a 24 años.
  • Contar con un documento de acuerdo a la edad; si tienes 16 ó 17 años Partida de nacimiento ó DNI de menor, 18 años DNI.
  • Presentar recibo de luz, agua ó constancia de vivienda.
  • No tener capacitación técnica mayor a 480 horas académicas.

ProJoven Lima

 

Programa de Capacitación Laboral Juvenil
Ministerio de Trabajo y Promoción del Empleo
Jirón Nazca 548 Jesús María
Tel. 4245022 – 3301807 - Linea Gratuita: 0800 – 16741
projoven@projoven.gob.pe
www.projoven.gob.pe

-11.958873 -77.073715

 

 

 

AGÊNCIA UNIVERSITÁRIA DA FRANCOFONIA: APOIO A EVENTOS CIENTÍFICOS

Propostas para o apoio da Agência Universitária da Francofonia, AUF, devem ser enviadas até 29 de fevereiro

O apoio da  AUF a eventos científicos tem por finalidade auxiliar redes universitárias e científicas a ampliarem a cooperação universitária francófona, contribuindo para o seu prestígio internacional e reforçando a solidariedade e a troca de saberes entre estabelecimentos universitários.

 

A contribuição da Agência visa a incentivar: a participação como conferencista de cientistas ligados a estabelecimentos de ensino superior e de pesquisa do Sul; a publicação dos resultados dos eventos, de preferência em meios eletrônicos; e a promoção da língua francesa em eventos científicos multilíngues (na forma de tradução, ou de intérprete).

 

Para a região das Américas, as temáticas prioritárias são:

- desenvolvimento sustentável e meio-ambiente;

- saúde e bem-estar das populações;

- estado de direito e democracia;

- língua francesa e linguística.

 

Seja qual forem os campos disciplinares concernentes, será dada preferência aos eventos científicos de caráter multiinstitucional e multilateral, pluri ou interdisciplinar, que se proponham a difundir os resultados da pesquisa e que integrem doutorandos ou jovens pesquisadores.

A contribuição da AUF será de no máximo 4000 euros. O dossiê de demanda deve ser depositado até 29 de fevereiro de 2012, para um evento científico a ser realizado depois de 1º de maio e antes de 31 de outubro de 2012.

 

Para informações sobre candidatura, acesse: http://www.auf.org/appels-offre/organiser-une-manifestation-scientifique/

o    OBS.: Publicado em 22/01/2012 por magrineli

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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

MEDIR O ROI É ESSENCIAL EM PROJETOS DE TI VERDE

Brasil - As iniciativas para redução das emissões de gases de efeito estufa podem representar redução de custos e, consequentemente, maior competitividade para as empresas de tecnologia. A implantação pela indústria de políticas e estratégias que resultem na redução de poluentes pode gerar crédito de carbono, aliando o impacto socioambiental ao aumento da lucratividade.

Segundo André Luis Saraiva, diretor de responsabilidade socioambiental da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o primeiro passo para adoção de uma política de redução de poluentes é a realização de um inventário para identificar quais áreas do negócio podem gerar créditos e, consequentemente, economia.

Nessa linha, a Vivo concluiu, em estudo, que 80% dos impactos ambientais da empresa estavam relacionados ao consumo de energia. A partir desse dado foram desenvolvidas e implantadas melhorias para a eficiência energética que podem gerar economia de até 30% na área de redes e de 10% na área de escritórios.

Além de iniciativas internas de racionalização do consumo de energia, a indústria TIC pode e estará obrigada a extrapolar os projetos para os seus consumidores, por meio da coleta e reciclagem de equipamentos. Porém, as tentativas de coleta seletiva de lixo eletrônico, especialmente bens de consumo portáteis, como celulares e laptops, ainda esbarram no alto custo da logística e na falta de conscientização da população sobre a real importância da iniciativa.

O debate sobre logística reversa – quando o fabricante é o responsável pelo descarte do produto após a venda – Forum Green Tech 2011, promovido pela revista TI INSIDE e organizado pela Converge Comunicações, em setembro passado, expôs boas práticas, mas criticou a morosidade do Congresso brasileiro na regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada pelo ex-presidente Lula em agosto do ano passado.

A lei que cria o novo plano de gestão de resíduos sólidos, que inclui toda a logística de produção e descarte de eletroeletrônicos, ainda não obteve consenso de todos os setores envolvidos para que seja regulamentada e possa ser colocada em prática.

Falta de escala

“O fato de não haver um sistema unificado que contribua para ganho de escala, e ainda o preço elevado para sua implantação, são dois pontos críticos”, diz Márcio Quintino, gerente sênior de responsabilidade ambiental e sustentabilidade corporativa da Philips do Brasil. Ele ressalta que o custo da logística reversa dos programas da empresa representa 70% das despesas, enquanto ganha-se apenas 30% com a reciclagem dos materiais.

A Philips defende que uma parte dessa despesa deve ser repassada ao consumidor. Além disso, a empresa sugere a união de projetos de empresas distintas por meio de associações para que haja um ganho de escala e volume na coleta dos materiais.

Uma pesquisa da Nokia, no entanto, mostra que o consumidor ainda não tem total domínio sobre os programas de reciclagem e a importância dos projetos na área de telefonia móvel. O estudo mostra que apenas 3% dos consumidores reciclam seus celulares obsoletos, enquanto 4% fazem o descarte em lixo comum, 24% transferem para conhecidos e 16% vendem os aparelhos.

As empresas também enfrentam problemas com o alto custo de reutilização dos reciclados no país. Hoje, todos os celulares, baterias e carregadores coletados nas 228 urnas do programa de sustentabilidade no Brasil são exportados para os Estados Unidos, onde são modificados e reutilizados.

A educação do consumidor e iniciativas do governo para redução dos custos de logística reversa é uma bandeira da Abinee. André Luis Saraiva, diretor de responsabilidade socioambiental da entidade, é enfático ao criticar as políticas públicas sobre o destino do lixo eletrônico, que desprezam mecanismos de financiamento, que poderiam contar com agências de fomento, e a educação dos cidadãos sobre as questões de sustentabilidade. “Isso sim é política pública, educação de uma nação e criação sustentada de uma política empresarial. Sem isso, não teremos ganho de escala que viabilize operações de logística reversa”, afirmou.

Vitrina para novos projetos

Datacenter verde do Itaú Unibanco gera economia e abre via para outras iniciativas sustentáveis

Definir métricas para avaliar o retorno sobre os investimentos (ROI) em TI verde é essencial para as empresas e também para garantir a continuidade dos projetos de sustentabilidade envolvendo tecnologia. A opinião, em tom de alerta, é do superintendente da área de TI do Itaú Unibanco, Júlio Cezar di Conti, que foi um dos palestrantes no Forum Green Tech 2011.

O executivo observa que é por meio da tangibilidade dos projetos de TI verde, ou seja, do que pode ser medido e avaliado, que se consegue mostrar o resultado para a alta direção da empresa e aos acionistas e, assim, continuar a investir na implantação de estratégias de sustentabilidade. Um dos principais benefícios obtidos com o uso de métricas de ROI é a melhoria da eficiência energética, com a iminente redução dos custos com energia.

“A eficiência energética paga a conta e mostra resultados mais tangíveis”, pontua Di Conti. Como exemplo, ele cita um projeto de modernização de um dos datacenters do banco, totalmente baseado em práticas de TI verde e com o qual o banco atingiu redução no consumo de energia de 43%. Em números, isso representou economia de R$ 500 mil por ano nos gastos com energia elétrica.

O Itaú Unibanco conta com diversas iniciativas de TI verde. A modernização do datacenter é uma das práticas de TI verde do Itaú Unibanco, que envolveu entre outras coisas a consolidação de servidores, por meio de um projeto de virtualização de praticamente a metade do parque de máquinas, e a compra de equipamentos mais eficientes em termos de consumo de energia, como desktops e servidores.

Além de critérios de TI verde na aquisição de equipamentos, o banco mantém um programa de reciclagem e descarte sustentável de lixo eletrônico, bem como o uso de um sistema de call center que dispensa a utilização de telefones tradicionais.

Para garantir a continuidade dessas estratégias, assim como para mapear, quantificar e acompanhar os projetos e identificar novas oportunidades de uso de TI verde, o Itaú Unibanco criou o Comitê de TI verde, que responde por todo o gerenciamento dos projetos e programas de sustentabilidade.

Liderança em boas práticas

HP prova que iniciativas sustentáveis geram crescimento, aumento da produtividade, diferenciação competitiva e estimulam a inovação

Cerca de 1,4 bilhão de quilowatts de energia economizados por meio de estratégias de design de desktops e notebooks, 50% de redução na quantidade de papel e plástico utilizados nas embalagens de impressoras, 100 mil toneladas de plásticos reciclados na fabricação de novos produtos de impressão, 10 mil servidores reciclados e 151 mil toneladas de hardware e suprimentos recuperados para reciclagem e revenda.

Esses foram alguns dos resultados obtidos pela HP Brasil com seu programa de sustentabilidade ambiental, que neste ano aparece como a quinta no ranking da Interbrand como a marca mais sustentável do mundo. E acaba de ser escolhida como a primeira colocada no ranking de 2011 das melhoras práticas ambientais pelo Greenpeace.

Os números foram apresentados pelo diretor de operações e sustentabilidade da HP Brasil, Kami Saidi. Segundo ele, políticas de sustentabilidade ambiental podem contribuir para amenizar as mudanças climáticas no planeta e, ao mesmo tempo, proporcionar crescimento, maior produtividade, diferenciação competitiva e inovações, entre outros benefícios.

Saidi cita um estudo do Gartner, segundo o qual o setor de TI hoje responde por apenas 2% das emissões globais de gases de efeito estufa e também contribui para reduzir as emissões do restante da economia.

Entre os principais aspectos em que a tecnologia da informação pode colaborar na direção de negócios sustentáveis, o executivo cita a redução do consumo de energia e emissão de carbono, a substituição de processos com intensa emissão de carbono por processos de baixo carbono e a possibilidade de habilitar o gerenciamento de uma economia de baixo carbono.

Os objetivos do programa de sustentabilidade ambiental da HP Brasil são atender a demanda crescente dos clientes por TI verde e as legislações governamentais, além de capturar valor. Para isso, Saidi conta que a companhia criou uma estrutura que inclui desde um comitê de governança para sustentabilidade, a estratégia de comunicação e a infraestrutura de TI, até a coleta de produtos. O papel do comitê é gerenciar as questões envolvendo conformidade, o posicionamento ambiental da marca, o engajamento dos acionistas, educação e acesso ao mercado.

Paralelamente a essa estrutura, a HP Brasil criou mais de 50 centros de serviço ao cliente e 55 HP Stores para fazer a logística reversa e a reciclagem de baterias, hardware e suprimentos. Em 2009, a empresa também montou o primeiro centro de reciclagem de cartuchos na América Latina com capacidade para processar 1,2 milhão de cartuchos por ano, provenientes do programa de coleta de cartuchos e das operações industriais da fabricante.

A cultura verde do Itaú Unibanco

Nessa entrevista, Roney Silva, diretor de Arquitetura e Infraestrutura do Banco Itaú Unibanco, cita as principais iniciativas de TI verde e a importância da sustentabilidade para a instituição financeira.

TI Inside - Em que momento o Itaú Unibanco identificou a necessidade de investir em projetos orientados à preservação ambiental (sustentabilidade) e por quê?

Rooney - O banco sempre teve uma cultura e foco em eficiência, antes mesmo do movimento de TI verde. Entretanto, em 2008, foi criado o Comitê de TI verde com objetivo de discutir ações com foco em sustentabilidade, identificar, consolidar e quantificar os ganhos gerados por estas ações e estimular que os aspectos de sustentabilidade fossem considerados nos projetos de TI.

TI Inside - Houve um crescimento significativo na coleta de lixo eletrônico ao longo de 2010. Qual foi a estratégia adotada para que isso acontecesse?

Rooney - Em 2010 foram enviados 3,8 mil toneladas de lixo eletrônico para descarte sustentável. Este volume de lixo eletrônico tem origem em prédios administrativos, rede de agências e datacenters e está fortemente relacionado ao movimento de migração das agências Unibanco para Itaú Unibanco e atualização de parque de equipamentos.

Em 2011, este volume ultrapassa 1,5 mil toneladas. Para implantação deste processo, foi realizado um trabalho de conscientização demonstrando os riscos do descarte inadequado dos equipamentos obsoletos de TI e os benefícios que poderíamos gerar para o meio ambiente, sociedade e para a corporação através da implantação de um modelo de descarte sustentável.

Desde 2009, antes mesmo da Política Nacional de Resíduos Sólidos ser sancionada, o descarte sustentável de equipamentos obsoletos é uma prática corporativa. Hoje quase 98% dos materiais são reaproveitados, retornando à cadeia produtiva, reduzindo assim a necessidade de extração de matérias primas.

TI Inside - Qual é o objetivo deste ano?

Rooney - Continuaremos buscando soluções que gerem eficiência. Como exemplo de ações podemos citar: modernização da infraestrutura de datacenters agregando maior segurança operacional e redução no uso de energia elétrica e espaço; virtualização e consolidação de servidores; ampliação das salas de telepresença e uso racional de impressão.

TI Inside - Seguindo as orientações de sustentabilidade, como está estruturado (configurado) o datacenter do Itaú Unibanco hoje?

Rooney - Existe uma grande preocupação com os aspectos de eficiência dentro de nossos datacenters, onde buscamos o equilíbrio entre disponibilidade e redução do consumo de energia, água e espaço. Para isto, temos adotado desde ações simples como organização das fileiras de racks, como a adoção de equipamentos mais eficientes, processos de virtualização e outras melhores práticas de mercado.

TI Inside - Vocês possuem métricas tanto de redução de custos quanto de benefícios ao meio ambiente do projeto como um todo? Quais são?

Rooney - Temos métricas e indicadores que nos ajudam a acompanhar a evolução e identificar pontos de melhorias. Estas métricas possibilitam quantificar os ganhos como consumo de energia e emissão de CO2. Podemos citar como exemplo o PUE (Power Usage Effectiveness), consumo de energia por servidores e emissão de CO2 evitada.

TI Inside - Quais são as orientações para novas aquisições de eletrônicos pela instituição?

Rooney - Na realidade, temos preocupação com todo o ciclo de vida do equipamento, desde o processo de manufatura até a destinação dos equipamentos no final de vida útil. Desta forma, o banco tem adotado critérios sociais e de sustentabilidade na escolha dos parceiros e aquisição de equipamentos de TI. Estes critérios consistem, basicamente, na aquisição de equipamentos fabricados conforme diretiva RoHS, que regula a utilização de substâncias potencialmente perigosas ao meio ambiente e ao ser humano. Atualmente, este critério é aplicado em alguns segmentos e está em fase de expansão.

TI Inside - Quais são os critérios de avaliação de novos produtos?

Rooney - As ações de TI verde são baseadas no tripé da sustentabilidade (Triple Bottom Line). Desta forma, as decisões são basedas em aspectos econômicos, sociais e ambientais.

TI Inside - Quais são os resultados, do ponto de vista da sustentabilidade, do investimento feito em telepresença?

Rooney - O uso das salas de telepresença tem um impacto muito positivo em índices de sustentabilidade. Deixamos de percorrer muitos quilômetros, economizamos com viagens aéreas, poupamos o meio ambiente reduzindo a emissão de gases de efeito estufa, além de melhorar a qualidade de vida dos usuários. Os índices mostram isso. Em 2011, até o mês de agosto, foram realizadas 1.570 reuniões nas salas do Itaú Unibanco, com duração média de 1,5 horas por reunião. Deixaram de ser percorridos 6.035.692 km entre uso de automóvel e avião. Para o meio ambiente, deixamos de emitir 852 toneladas de CO2 e poupamos 5.380 árvores.

TI Inside - Descreva o ambiente de telepresença – número de salas, frequência de uso e outros detalhes que tenham disponíveis?

Rooney - O ambiente de telepresença no Itaú Unibanco foi criado em 2008 e hoje conta com 11 salas no Brasil e três salas internacionais (Miami, Londres e Nova Iorque). Em novembro deste ano haverá expansão de mais duas salas em São Paulo e uma sala em Lisboa. Ainda temos integração com mais 13 salas do Itaú Unibanco BBA, com salas em diversas localidades em São Paulo e outras capitais.

O Itaú Unibanco também possui contrato de serviço Business to Business (B2B) com a operadora BT, possibilitando a realização de reuniões de telepresença com outras empresas. A utilização das salas é controlada pela área de Service Desk, responsável pelo agendamento das reuniões e comunicação com os usuários.
Fonte: Ti Inside - 17.01.201

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

PESQUISADORAS DA USP ESTUDAM BIODIESEL A PARTIR DE CIANOBACTÉRIAS

O cianodiesel é feito por meio das cianobactérias, um dos elementos vivos mais antigos da natureza. Foto:PROYECTO AGUA** /** WATER PROJECT

Uma pesquisa do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba (SP), estuda a utilização de cianobactérias como matéria prima alternativa para a produção de biodiesel. Atualmente o biocombustível é feito a partir de óleos vegetais e animais, o que preocupa os atuais governos devido ao receio quanto à escassez de alimentos.

 

O projeto, desenvolvido em parceria entre as professoras Marli de Fátima Fiore, do Cena, e Heizir Ferreira de Castro, da Escola de Engenharia de Lorena (EEL), da USP, visa extrair o lipídeo que se acumula nas células deste tipo de bactéria para transformá-lo em óleo diesel com propriedade comercial.

 

Intitulado “cianodiesel”, o novo potencial combustível deriva de um dos elementos vivos mais antigos existentes na natureza: as cianobactérias, microorganismos de aplicações biotecnológicas variadas.

 

Uma das maiores vantagens apresentadas no estudo, e que justificam as pesquisas, diz respeito à quantidade de óleo bruto que pode ser extraído em escala industrial. Segundo as pesquisadoras, enquanto o milho produz 168 litros de óleo por hectare plantado, os microrganismos fotossintetizantes podem produzir algo em torno de 140 mil litros por hectare.

 

Caroline Pamplona, uma das pesquisadoras do estudo, acredita que o aproveitamento das propriedades das cianobactérias, poderão ser grandes geradoras de energia no futuro. “A engenharia genética pode contribuir com o desenvolvimento de sistemas biológicos novos e mais eficientes, aumentando a viabilidade do cianodiesel”, apontou ao blog do Cena.

No entanto, a pesquisadora afirmou que a transição será demorada e enfrentará diversos desafios tecnológicos e políticos.

Fonte:  Publicado originalmente no site EcoD.