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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

CONHEÇA BANGALORE, UMA USINA DE STARTUPS

São Paulo - Conhecida como a capital do Vale do Silício indiano, Bangalore é uma cidade desengonçada, barulhenta e poluída de 5,5 milhões de pessoas.

Mas por trás de sua aparência caótica há boas lições para o Brasil. Já foi a capital indiana do software e dos serviços terceirizados, mas agora volta-se a novos negócios pontocom. De médicos que atendem pela internet a bancos pelo celular, passando por incubadoras de novas tecnologias, é nessa região que estão concentradas algumas das mais interessantes startups da Índia.

 

“Nossos engenheiros têm formação educacional de qualidade e estão entre os mais inventivos do mundo”, disse a INFO Ajay Bharadwaj, pós-graduado nos Estados Unidos e hoje CEO da empresa de biotecnologia Anthem BioSciences.

 

[Mapa mostra onde está a inovação em Bangalore]

 

Há ainda a já conhecida vantagem dos custos. “A Índia oferece custos 50% menores que os Estados Unidos e bem inferiores aos praticados no Brasil”, afirma a brasileira Ione Binford, que há uma década instalou-se em Bangalore, ao lado do marido Thomas, ex-professor da Universidade de Stanford. Eles estão prestes a lançar um software que transforma textos escritos à mão em caracteres legíveis na tela do computador.

 

Segundo país mais populoso do mundo, com quase 1,3 bilhão de habitantes, e com a perspectiva de ultrapassar a China dentro de duas décadas, a Índia tem apenas 5% da população com acesso à internet, contra 39,2% dos brasileiros e 29% dos chineses e russos. Mas isso está mudando, principalmente com a rápida popularização dos smartphones. Segundo números do banco Caris & Co., a expectativa é que dentro de quatro anos os usuários indianos de internet passarão de 200 milhões. Isso explica o crescimento de 30% ao mês do comércio eletrônico, segundo a consultoria Helion Venture Partners, uma das grandes investidoras desse mercado. Vários fundos estão de olho nos 5 bilhões de dólares que o comércio eletrônico deve movimentar em dois anos na Índia. Veja aqui o que algumas startups de Bangalore estão fazendo para inovar e inspire-se.

Conheça, abaixo, algumas das startups que nasceram em Bangalore:

Redbus.com aposta em ônibus pela web  

Read-Ink deixa letras mais legíveis nos PCs

Ji Grahak inova com pagamento no celular

Flipkart quer ser a Amazon indiana

Healthcaremagic põe médicos na internet

Inmobi inova com anúncios para iPad

Fonte: INFO EXAME

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sábado, 22 de outubro de 2011

SOCIOAMBIENTALISMO NA AMÉRICA LATINA

Para dar conta dos diversos desafios ambientais, a América Latina tem produzido conhecimento e investigações com originalidade e abordagens multifacetadas da relação ambiente-sociedade.

 

É o que destaca o livro A questão ambiental na América Latina – Teoria social e interdisciplinaridade, lançado recentemente pela Editora Unicamp e que tem por objetivo oferecer um panorama da produção intelectual no campo interdisciplinar das ciências socioambientais em importantes universidades e centros de pesquisa na região.

 

Organizado pela professora Leila da Costa Ferreira, do Departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o livro contou com o apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Publicações.

 

O livro é um produto do Projeto Temático "A questão ambiental, interdisciplinaridade, teoria social e produção intelectual na América Latina", coordenado pela pesquisadora e realizado no Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam) da Unicamp.

 

“Devido à amplitude e vastidão da América Latina, optamos por estudar ao menos os programas de universidades e centros de pesquisa que tivessem tradição na área de teoria social e interdisciplinaridade da região”, disse à Agência FAPESP.

 

Ferreira explica que o grupo estudou sete países – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Uruguai –, trabalhando na identificação das principais linhas de pesquisa no conjunto dessa produção científica e dos principais temas abordados por esse tipo de produção.

 

Para as análises, durante o projeto o grupo desenvolveu uma metodologia de pesquisa que envolveu visitas aos centros estudados e a criação de um banco de dados capaz de abrigar o conhecimento produzido na área socioambiental pelos sete países.

 

Após a coleta do material, o grupo entrevistou os autores desses estudos, cujos resultados de trabalhos acerca de temas como sustentabilidade, políticas públicas, interdisciplinaridade, sociologia ambiental, teoria social, ciência e produção intelectual na América Latina foram discutidos em um seminário internacional, em 2008, no Nepam.

“Observamos que a produção intelectual na região, principalmente na área de sociologia ambiental, acompanha a literatura internacional não só em quantidade como também na qualidade. Isso demonstra que estamos muito bem inseridos internacionalmente”, disse.

 

“Ao mesmo tempo, há uma especificidade nessa produção intelectual, devido ao histórico político e social desses países. São países com grande desigualdade social, porém com uma vasta biodiversidade”, complementou.

Direcionado ao público acadêmico e interessados na problemática ecológica, o livro está dividido em duas partes e traz resultados de estudos apresentados no seminário.

Na primeira, os autores descrevem a tese principal que norteia a obra, abordando a questão ambiental e a América em diferentes perspectivas, na dimensão simbólica e na política.

A segunda parte reúne artigos dedicados também a temas relevantes para a região, tais como saúde pública, sustentabilidade, qualidade de vida, temas relacionados à conservação, socioambientalismo e tecnologia.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Cientistas em rede: compartilhando informação acadêmica

É possível combinar as características das redes sociais da Internet, como Orkut e Facebook, com pesquisa científica? Alguns programas vem provando que sim.

Embora as redes científicas não sejam uma coisa nova (termos como gatekeepers ou "colégios invisíveis" já fazem parte da literatura sobre comunicação científica há bastante tempo), o fato de existirem sites específicos para o compartilhamento de informação acadêmica aponta para uma tentativa de reforçar os laços de cooperação entre pares. Por meio desses sites, os próprios autores podem divulgar seus trabalhos, inclusive os que ainda não passaram pelo longo processo de aprovação de um periódico científico. Também significa que algumas editoras acadêmicas encontraram nessas redes um caminho para divulgar seus próprios serviços.

É o caso, por exemplo, da Social Science Research Network. O site é administrado pela Social Science Eletronic Publishing, Inc., e tem como objetivo encorajar os leitores a compartilhar informações diretamente com outros usuários que tenham tópicos de pesquisa semelhantes. A rede é focada na área de Ciências Sociais, e por meio dela autores podem divulgar seus artigos, optando por postar os resumos de seus trabalhos (atualmente o banco de resumos possui cerca de 250.100 registros) ou mesmo incluir o trabalho completo na biblioteca eletrônica da rede (já são cerca de 206.000).

O princípio de compartilhamento também fica claro em redes como a Sermo, voltada para a área médica. Trata-se de uma rede direcionada não apenas a dividir informação acadêmica, como também divulgar outras informações relevantes a profissionais da área, como oportunidades de trabalho, dados sobre remédios e legislação médica. A ferramenta mistura elementos de blogs (é possível fazer postagens relacionadas a diversos assuntos da área médica) e microblogs, já que também é possível acompanhar postagens em tempo real.

Há também outras redes interessantes e de domínio geral. Uma delas é a Research Gate Scientific Network, que permite a conexão com colegas de pesquisa, possibilitando ao pesquisador criar sua própria rede. Também permite ferramentas de colaboração, como postagens sobre um determinado tópico e comentários sobre artigos. De acordo com a própria rede, a intenção é divulgar informação científica tendo como princípio a "Ciência 2.0″, uma junção da comunicação científica tradicional com ferramentas de Web 2.0 como blogs e outras redes sociais.

A NatureNetwork (o nome indica tratar-se de uma rede administrada pela revista Nature) e a CiteULike (patrocinada pela editora Springer) também se baseiam no mesmo princípio: conectar-se com outros pesquisadores, discutir tópicos comuns de pesquisa, explorar o que já foi publicado ou está prestes a ser divulgado e fazer pesquisas sobre assuntos de interesse, formando uma biblioteca particular que pode ser compartilhada com outros usuários.

Mais do que sites de compartilhamento, portanto, as redes científicas também possibilitam formas alternativas de buscar material bibliográfico interessante, já previamente avaliado por aqueles que investigam assuntos relacionados. Colaborar, afinal, tornou-se a principal forma de construir conhecimento.

Publicado em Serviços, Tecnologia | Tagged informação científica, periódicos online, pesquisa acadêmica, redes científicas, redes de pesquisa, redes sociais | Deixe um comentário

Fonte: bibliofflch

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

CHAMADA DA CAPES E CNPQ INCENTIVA EDITORAÇÃO E PUBLICAÇÃO DE PERIÓDICOS CIENTÍFICOS BRASILEIROS

Inscrições estão abertas até o dia 23 de novembro.

Estão abertas as inscrições para a chamada MCTI/CNPq/MEC/Capes Nº 15/2011, que tem por objetivo selecionar propostas para apoio financeiro a projetos que visem incentivar a editoração e publicação de periódicos científicos brasileiros de alta especialização em todas as áreas do conhecimento de forma a contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico e inovação do país.

 

As propostas devem ser acompanhadas de arquivo contendo o projeto e devem ser encaminhadas ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), exclusivamente via internet, por meio do formulário de propostas online disponível na Plataforma Carlos Chagas. A relação das propostas aprovadas será divulgada na página eletrônica do CNPq e publicada no Diário Oficial da União a partir da segunda quinzena de dezembro.

 

Benefícios - As propostas aprovadas serão financiadas no valor global estimado de R$ 6 milhões, sendo 50% provenientes do CNPq e 50% da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a serem liberados em uma parcela, de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira das agências, sendo os recursos oriundos do Tesouro Nacional.

 

Os recursos serão destinados ao financiamento de itens de custeio, compreendendo aquisição de material de consumo, componentes e/ou peças de reposição de equipamentos, software, instalação, recuperação e manutenção de equipamentos; serviços de terceiros; contratação de serviços gráficos de arte-final e impressão do periódico por empresas especializadas; e prestação de serviços para a preparação, geração e manutenção da página hospedeira da publicação eletrônica.

 

As propostas deverão ter seu prazo máximo de execução estabelecido em doze meses.

Mais informações pelo e-mail editoracao@cnpq.br. Dúvidas com relação ao formulário de propostas on-line devem ser esclarecidas pelo e-mail suporte@cnpq.br ou pelos telefones (61) 3211-4566 ou 3211-9354.

 

Fonte: Ascom da Capes

sábado, 15 de outubro de 2011

INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS CRIA POSTE SOLAR AO CUSTO DE R$ 2 MIL E INTENSIFICA ESTUDOS EM SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

O Poste tem a capacidade de manter a iluminação durante um período de seis horas

 

A busca por fontes alternativas e limpas de energia, que liberam menos gases e resíduos no meio ambiente, tem sido uma aposta do governo e das instituições de pesquisa para evitar impactos negativos na natureza. A luz do sol, fonte de energia limpa em abundância, tem despertado o desenvolvimento de uma série de pesquisas para a obtenção de materiais mais eficientes que convertam a energia da luz solar em energia elétrica, processo conhecido como efeito fotovoltaico.

 

Recentemente, a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec) instalou na entrada principal da entidade um poste de iluminação pública que funciona com energia solar. O projeto foi elaborado pela instituição em parceria com alunos do departamento de engenharia de energia do Instituto Politécnico da Universidade Católica de Minas Gerais (IPUC/PUC Minas).

Segundo do Cetec, trata-se do primeiro passo de uma série de ações que visam torná-lo referência em tecnologias para a cadeia de energia solar. “Queremos estabelecer na fundação uma plataforma para apoiar pesquisas nessa área”, aposta José Roberto Branco, coordenador do Setor de Materiais Ópticos e Eletrônicos (SDO), unidade responsável pelo projeto.

As atividades do grupo começaram em agosto deste ano. A instalação de postes em áreas pouco iluminadas da fundação foi a primeira proposta para testar a aplicabilidade da tecnologia. O “poste solar” instalado no Cetec, explica Branco, é um exemplo de sistema fotovoltaico, constituído por células ou módulos que convertem a luz solar em energia elétrica, mas também por outros elementos, como bateria (acumulador de energia); inversores de frequência; controlador de carga (responsável pela durabilidade da bateria e controle de energia) e carga (lâmpadas).

Durante o dia, explica Branco, a energia solar incide sobre o módulo fotovoltaico presente no poste, que converte a radiação do sol em eletricidade. Esta, por sua vez, é armazenada na bateria do sistema por meio de um processo eletroquímico. No início da noite, quando surge a necessidade de iluminação, a energia acumulada na bateria é disponibilizada para as lâmpadas.

O poste tem a capacidade de manter a iluminação durante um período de seis horas, período que pode ser redimensionado, além de ter autonomia de dois dias sem incidência de raios solares. Ele possui duas lâmpadas fluorescentes compactas de 15W, acionadas automaticamente por um interruptor fotossensível, que identifica a presença de luminosidade. Essas lâmpadas, além de serem mais eficientes em relação às incandescentes são de alta durabilidade, com preços mais acessíveis.

Toda a estrutura do poste custou aproximadamente R$ 2 mil. Os recursos para a realização do projeto são provenientes da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Segundo Branco, algumas empresas sinalizaram interesse em levar o potencial desse tipo de energia para o mercado. “As ações do Cetec nesta área estarão integradas com o governo de Minas Gerais, sob a liderança da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), que almeja desenvolver e promover o uso de energia renovável no Estado”.

O pesquisador ressalta que a energia solar possui uma série de aplicações potenciais, que vão desde a energização de brinquedos e eletroeletrônicos até o atendimento a pequenas comunidades isoladas ou distantes da rede elétrica. A tecnologia também atende usinas geradoras de energia fotovoltaica, com dezenas de mega-watts de potência.

Mas, cada uma dessas aplicações, dispostas em regiões diversas em termos climáticos, explica, impõe condições de uso distintas. “Nesse projeto iniciamos o estudo de relações entre variáveis dos sistemas fotovoltaicos. A abordagem verticalizada que existe na fundação, por meio do exame de materiais, dispositivos e processos em toda a cadeia de valores da energia solar fotovoltaica é única no Brasil”, informa.

As vantagens econômicas do uso da energia solar vão depender de alguns fatores como distância da rede elétrica, confiabilidade e portabilidade necessárias. Para o pesquisador, em breve a certificação verde será fator de competitividade entre as organizações e de preferência dos consumidores. “O custo benefício de um poste de energia solar pode ser bem mais baixo do que um comum. A mesma linha de raciocínio vale para outras aplicações”.

Entre outros projetos de energia solar desenvolvidos no Cetec, destaque para a implantação de sistemas de carregamento de baterias variadas na instituição, com disponibilização de pontos de recarga de acumuladores de energia gratuita. O grupo também estuda o uso de módulos fotovoltaicos em processos de bombeamento de água e irrigação para comunidades carentes e tratamento de efluentes.

Potencial brasileiro

A tecnologia fotovoltaica está em uso em diversos países, como a Alemanha, por exemplo, onde foram realizadas várias ações de mobilização da sociedade e do setor acadêmico, com grande investimento em projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), além de políticas públicas de incentivo. O setor industrial alemão visualizou a oportunidade de negócio e investiu massivamente para produzir em grande escala matérias-primas, células, módulos fotovoltaicos e equipamentos eletroeletrônicos.

O Brasil, afirma Branco, possui todos os meios para criar e desenvolver um mercado fotovoltaico. Além do potencial de energia solar disponível e comprovado em todo território nacional, há grande conhecimento de toda a cadeia de produção pertinente. Todo esse conhecimento está localizado em instituições de pesquisas e universidades. “Sendo o Brasil um dos dez países que mais consomem energia no mundo, só ele e a Rússia ainda tem um uso inexpressivo de energia solar fotovoltaica”, ressalta.

Fonte: Revista Responsabilidade Social.com

 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

INVESTIGACION & INOVACION

Premio Innovadores de América – Anuncio de Finalistas (Lima Norte)

El panel de 18 jurados internacionales del premio Innovadores de América ha seleccionado por su desarrollo creativo, compromiso personal, legado, valores éticos y respeto al medio ambiente,  los siguientes finalistas para las categorías del premio.Leer más de este artículo

terça-feira, 11 de outubro de 2011

INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS CRIA POSTE SOLAR AO CUSTO DE R$ 2 MIL E INTENSIFICA ESTUDOS EM SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

A busca por fontes alternativas e limpas de energia, que liberam menos gases e resíduos no meio ambiente, tem sido uma aposta do governo e das instituições de pesquisa para evitar impactos negativos na natureza. A luz do sol, fonte de energia limpa em abundância, tem despertado o desenvolvimento de uma série de pesquisas para a obtenção de materiais mais eficientes que convertam a energia da luz solar em energia elétrica, processo conhecido como efeito fotovoltaicoRecentemente, a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec) instalou na entrada principal da entidade um poste de iluminação pública que funciona com energia solar. O projeto foi elaborado pela instituição em parceria com alunos do departamento de engenharia de energia do Instituto Politécnico da Universidade Católica de Minas Gerais (IPUC/PUC Minas).

Segundo do Cetec, trata-se do primeiro passo de uma série de ações que visam torná-lo referência em tecnologias para a cadeia de energia solar. “Queremos estabelecer na fundação uma plataforma para apoiar pesquisas nessa área”, aposta José Roberto Branco, coordenador do Setor de Materiais Ópticos e Eletrônicos (SDO), unidade responsável pelo projeto.

As atividades do grupo começaram em agosto deste ano. A instalação de postes em áreas pouco iluminadas da fundação foi a primeira proposta para testar a aplicabilidade da tecnologia. O “poste solar” instalado no Cetec, explica Branco, é um exemplo de sistema fotovoltaico, constituído por células ou módulos que convertem a luz solar em energia elétrica, mas também por outros elementos, como bateria (acumulador de energia); inversores de frequência; controlador de carga (responsável pela durabilidade da bateria e controle de energia) e carga (lâmpadas).

Durante o dia, explica Branco, a energia solar incide sobre o módulo fotovoltaico presente no poste, que converte a radiação do sol em eletricidade. Esta, por sua vez, é armazenada na bateria do sistema por meio de um processo eletroquímico. No início da noite, quando surge a necessidade de iluminação, a energia acumulada na bateria é disponibilizada para as lâmpadas.

O poste tem a capacidade de manter a iluminação durante um período de seis horas, período que pode ser redimensionado, além de ter autonomia de dois dias sem incidência de raios solares. Ele possui duas lâmpadas fluorescentes compactas de 15W, acionadas automaticamente por um interruptor fotossensível, que identifica a presença de luminosidade. Essas lâmpadas, além de serem mais eficientes em relação às incandescentes são de alta durabilidade, com preços mais acessíveis.

Toda a estrutura do poste custou aproximadamente R$ 2 mil. Os recursos para a realização do projeto são provenientes da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Segundo Branco, algumas empresas sinalizaram interesse em levar o potencial desse tipo de energia para o mercado. “As ações do Cetec nesta área estarão integradas com o governo de Minas Gerais, sob a liderança da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), que almeja desenvolver e promover o uso de energia renovável no Estado”.

O pesquisador ressalta que a energia solar possui uma série de aplicações potenciais, que vão desde a energização de brinquedos e eletroeletrônicos até o atendimento a pequenas comunidades isoladas ou distantes da rede elétrica. A tecnologia também atende usinas geradoras de energia fotovoltaica, com dezenas de mega-watts de potência.

Mas, cada uma dessas aplicações, dispostas em regiões diversas em termos climáticos, explica, impõe condições de uso distintas. “Nesse projeto iniciamos o estudo de relações entre variáveis dos sistemas fotovoltaicos. A abordagem verticalizada que existe na fundação, por meio do exame de materiais, dispositivos e processos em toda a cadeia de valores da energia solar fotovoltaica é única no Brasil”, informa.

As vantagens econômicas do uso da energia solar vão depender de alguns fatores como distância da rede elétrica, confiabilidade e portabilidade necessárias. Para o pesquisador, em breve a certificação verde será fator de competitividade entre as organizações e de preferência dos consumidores. “O custo benefício de um poste de energia solar pode ser bem mais baixo do que um comum. A mesma linha de raciocínio vale para outras aplicações”.

Entre outros projetos de energia solar desenvolvidos no Cetec, destaque para a implantação de sistemas de carregamento de baterias variadas na instituição, com disponibilização de pontos de recarga de acumuladores de energia gratuita. O grupo também estuda o uso de módulos fotovoltaicos em processos de bombeamento de água e irrigação para comunidades carentes e tratamento de efluentes.

Potencial brasileiro

A tecnologia fotovoltaica está em uso em diversos países, como a Alemanha, por exemplo, onde foram realizadas várias ações de mobilização da sociedade e do setor acadêmico, com grande investimento em projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), além de políticas públicas de incentivo. O setor industrial alemão visualizou a oportunidade de negócio e investiu massivamente para produzir em grande escala matérias-primas, células, módulos fotovoltaicos e equipamentos eletroeletrônicos.

O Brasil, afirma Branco, possui todos os meios para criar e desenvolver um mercado fotovoltaico. Além do potencial de energia solar disponível e comprovado em todo território nacional, há grande conhecimento de toda a cadeia de produção pertinente. Todo esse conhecimento está localizado em instituições de pesquisas e universidades. “Sendo o Brasil um dos dez países que mais consomem energia no mundo, só ele e a Rússia ainda tem um uso inexpressivo de energia solar fotovoltaica”, ressalta.

Cristiane Rosa
Especial para a revista Responsabilidade Social.com

 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

GHG PROTOCOL LANÇA NOVOS PADRÕES PARA CARBONO

Considerando a necessidade de se conhecer as emissões de gases do efeito estufa de toda a cadeia de valor de uma empresa, líderes empresariais se reuniram nesta terça-feira (4) para a apresentação de novos padrões GHG Protocol

 

Em um mundo cada vez mais globalizado, onde até mesmo ínfimas partes de produtos e processos podem viajar milhares de quilômetros desde a sua fabricação até deposição, o conhecimento de todo este ciclo é vital para a saúde ambiental, social e financeira das empresas.

Na terça-feira (4), líderes empresariais do mundo todo se reuniram para a apresentação dos novos padrões GHG Protocol (GHGP), que estabelecem a primeira abordagem internacionalmente harmonizada para a mensuração e relato de inventários de gases do efeito estufa (GEEs) da cadeia de valor corporativa (Escopo 3) e ciclo de vida de produtos.

As empresas que aplicarem os padrões poderão mensurar e gerenciar todo o escopo de emissões, possibilitando melhorias de eficiência em suas cadeias de valor e o aperfeiçoamento de produtos.

“Os novos padrões foram uma resposta à demanda de nossos parceiros ao redor do mundo. Na Nova Zelândia, exportadores de laticínios estavam sendo pressionados a contabilizar as milhas (distância de viagem) dos produtos. Nos Estados Unidos, o Wall Street Journal enfatizou as dificuldades que uma empresa multinacional estava enfrentando em avançar em direção à neutralidade em carbono sem contabilizar os impactos da cadeira de fornecedores”, explicou Pankaj Bhatia, diretor do GHGP no World Resources Institute.

O ‘GHGP Corporate Value Chain’ (Escopo 3) revela oportunidades para as empresas tomarem decisões mais sustentáveis sobre suas atividades e sobre os produtos que compram e vendem, assumindo uma abrangência em nível corporativo.

O ‘Product Life Cycle Standard’ permite a mensuração das emissões de GEEs de um determinado produto, incluindo materiais, fabricação, uso e disposição.

Em conjunto com o GHG Protocol Corporate Standard, lançado em 2001, os três oferecem uma abordagem abrangente para a mensuração e gerenciamento das emissões da cadeia de valor, afirmam as entidades que criaram os padrões.

"Este conhecimento pode nos trazer economia tanto em termos de carbono como em custos, mas também é excitante pensar no que isto pode significar para o futuro na educação dos clientes e compras", comentou o vice-presidente e chefe de sustentabilidade da Alcoa, Kevin Anton.

As emissões do escopo 3 (cadeia de valor) são como um “tesouro” escondido do gerenciamento de GEEs, comentou a vice-presidente para Ciência e Pesquisas do World Resources Institute Janet Ranganathan, “é onde as surpresas e maiores oportunidades de redução geralmente são encontradas”.

A finalização dos padrões levou três anos e incluiu cerca de 2,5 mil parceiros ao redor do mundo. Os testes foram realizados por 60 empresas de 17 países.

Os próximos passos são o desenvolvimento de diretrizes específicas para cada setor e de programas de capacitação para apoiar o uso dos padrões. Além disso, Pankaj já enxerga as próximas áreas onde é necessário o estabelecimento de protocolos para a contabilização dos GEEs, como agricultura e produção de alimentos, cidades e políticas climáticas de países.

Pegada Ecológica

A reunião de informações sobre as emissões de GEEs, muito úteis para a correlação com outros fatores como o uso de energia, é apenas o começo de todo o inventário que uma empresa pode fazer para verificar o impacto que impõe sobre o meio ambiente.

Ao redor do mundo, outros padrões e iniciativas estão tentando lidar com este desafio, como o caso brasileiro da certificação Life, que visa orientar, qualificar e reconhecer organizações comprometidas com a realização de ações efetivas para a conservação da biodiversidade. Uma das ferramentas do Life é a mensuração do valor estimado de impacto à biodiversidade de cada organização.

Outra iniciativa, da ONG WWF, é a Pegada Ecológica, que nos mostra até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a capacidade do planeta de oferecer, renovar seus recursos naturais e absorver os resíduos que geramos por muitos e muitos anos.

GHG Protocol

Lançado em 2001, o GHG Protocol é um conjunto de padrões e diretrizes para a contabilização e relato das emissões de GEEs, desenvolvidos por atores de diversos setores liderados pelo World Resources Institute e World Business Council for Sustainable Development (cujo representante no Brasil é o CEBDS).

Segundo Janet , quase 85% das 2.487 empresas que participaram do Carbon Disclosure Project em 2010 usaram diretamente o GHGP ou o fizeram através da participação em algum programa de mudanças climáticas.

O padrão ISO 14.064-1, da Organização Internacional para Padronização, é consistente com o GHGP Corporate Standard, primeiro protocolo lançado.

“Em particular, duas características tornam o GHGP único e bem sucedido: o processo com múltiplos stakeholders e os testes rigorosos da minuta dos padrões”, enfatizou Janet.

O GHGP Corporate Standard classifica as emissões de uma empresa em três escopos. As emissões do Escopo 1 são as diretas, de fontes próprias e controláveis; do Escopo 2 são indiretas, da geração de energia comprada; do Escopo 3 são todas as emissões indiretas não incluídas no anterior, que ocorrem na cadeia de valor de uma empresa.

A maioria das empresas grandes atualmente contabiliza e relata suas emissões dos escopos 1  e 2, porém as emissões ao longo da cadeia de valor geralmente representam os maiores impactos das empresas. Por exemplo, a empresa KraftFoods descobriu que as emissões da sua cadeia de valor compreendem mais de 90% do total.

 

Fonte: Fernanda B. Muller   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil/GHG

 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

NOTICIAS MDL SUSTENTAVEL - Brasil terá seguro para créditos de carbono

Oportunidade verde (Revista AE)

 

Se algumas empresas trabalham para se adequar a nova realidade que se desenha no mundo dos negócios, outras já saem na frente porque estão nascendo com um novo olhar incorporado e aproveitando as novas oportunidades que se abrem com o engajamento de pessoas, governos e do setor privado. Leia mais

 

Bioenergia: impactos sobre o clima (Revista AE)

 

Expansão sustentável da produção de etanol exige avaliações precisas sobre as mudanças no uso do solo em áreas que passam a ser ocupadas por culturas voltadas à geração de bioenergia, avaliam especialistas. Leia mais

 

Brasil terá seguro para créditos de carbono (Valor Econômico)

Em parceria com a Munich Re, maior resseguradora do mundo, a Fator Seguradora está lançando um seguro para projetos de crédito de carbono e instrumentos de redução de gases de efeito estufa.

A apólice cobre a perda de receita caso o projeto não gere os créditos de carbono previstos e comercializados.

O Brasil é o terceiro país com o maior número de projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), instrumento criado pelo Protocolo de Kyoto que traz a possibilidade de utilização de mecanismos de mercado para que os países desenvolvidos possam cumprir seus compromissos de

Cidades sustentáveis serão uma das principais discussões na Rio+20 (Jornal do Brasil)

 

O presidente da Câmara de Desenvolvimento Sustentável da prefeitura do Rio de Janeiro, o economista Sergio Besserman, quer estimular a mobilização e participação da cidade, principalmente dos jovens, na Conferência das Nações Unidas sobre ...Leia mais...

 

 

EVENTOS

Mudanças Climáticas: na agenda da economia (Revista AE)

Synergia Editora lança na terça-feira, 4 de outubro, no Rio de Janeiro, livro que avalia o grau de influência das mudanças do clima na agenda de desenvolvimento do Brasil. Estudo é inspirado no Relatório Stern

Mudanças climáticas em questão (Ambiente&Energia)

 

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2011, que acontecerá de 17 a 23 de outubro, vai colocar em debate o tema "Mudanças climáticas, desatres naturais e prevenção de risco" para difundir conhecimentos sobre a questão. Leia mais

 

 

Seminário discute como créditos de carbono podem ajudar reserva Tembé (PA)

 

Créditos de carbono garantem preservação da floresta – Há dois anos, o Poema discute com os indígenas mecanismos de promoção do desenvolvimento local a partir da redução da degradação ou a partir da preservação da floresta.  Leia mais

 

 

domingo, 2 de outubro de 2011

MIT APRESENTA PROTÓTIPO DE CASA DE US$ 6.000

O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) apresentou, em meados de setembro, um protótipo de uma casa que pode ser construída a um custo de US$ 6.000 (cerca de R$ 10.000). Apelidado de “Pinwheel House” (Casa Cata-Vento), o projeto ainda está acima da meta do instituto, que é criar uma casa de US$ 1.000 (R$ 1.800). Desenvolvida por Ying chee Chui, pós-graduada pelo Departamento de Arquitetura do MIT, a Casa Cata-Vento tem uma estrutura modular, com aposentos retangulares cercando um pátio interno. O objetivo do desafio da “Casa 1K” é criar habitações de baixo custo para áreas de desastres naturais. Feita de paredes ocas de tijolo com barras de ferro para reforço e vigas de baixas de madeira, espera-se que seja capaz de resistir a terremotos de magnitude 8,0.

 

A inspiração do projeto foi outro desafio lançado previamente pelo MIT, da criação de um laptop de US$ 100. A casa projetada por Chui foi uma de 13 criadas no workshop original do programa, realizado em 2009. O protótipo ficou mais caro que o previsto no projeto original de 2009 – que estava orçado em US$ 4.000 – por conta da área, de 74,3 metros quadrados. O plano inicial era de uma casa de 46,4 metros quadrados. A arquiteta diz que a construção de um grande número de Casas Cata-Vento simultaneamente poderia reduzir bastante o custo unitário.

 

Em nota distribuída pelo MIT, Chui destaca o caráter modular de seu projeto. “O módulo pode ser duplicado e girado, e então temos uma casa”, disse. “A construção é fácil, porque sabendo fazer um só módulo, sabe-se fazer toda a casa”.

 

O professor de design arquitetônico do MIT Yung Ho Chang disse que o protótipo ficou à altura do projeto, “com boa iluminação e ventilação”. Chang destaca a utilidade do conceito para áreas atingidas por catástrofes, em situações como logo após um terremoto ou um tusnami.

 

Ele diz que o período imediatamente posterior a um grande desastre costuma ser marcado por grandes desperdícios, enquanto as autoridades buscam a melhor forma de acolher os desabrigados. Casa simples e baratas construídas segundo um gabarito pré-existente poderiam permitir uma reconstrução mais rápida e barata, acredita. O desafio de chegar a uma casa de US$ 1.000 continua em aberto, no entanto.

(Fonte: Redação TN)